Por Thalia de Sousa Pereira
Ao citar alguns exemplos históricos existentes no Manual do Arquiteto e Urbanista, conforme Marco Vitrúvio Polião, arquiteto romano do Séc. I a.C. a, o arquiteto deve ter conhecimento nas mais diversas áreas científicas e artísticas, sendo as de sua época a Geometria, História, Matemática, Música, Medicina, Direito, Artes e até Astronomia, ou seja diferente de outros profissionais não deveria se especializar em apenas um tema, e sim ampliar seus conhecimentos nas diversas áreas do saber humano.
Para Leon Battista Alberti, arquiteto, filósofo, teorizador da arte, da arquitetura e urbanismo, pintor, músico e escultor italiano, estabeleceu no Séc. XV regras universais relativas à localização e situação do terreno, como o meio ambiente, o terreno, o plano do solo, as paredes de suporte, os telhados e as aberturas apresentando a diversidade de vias de circulação, afirma ainda que não há diferença entre o procedimento do construtor de edifícios e do construtor de cidades, ou seja, entre a Arquitetura e o Urbanismo.
Esses exemplos históricos importantíssimos para a evolução dos espaços e das cidades demonstram que a profissão do arquiteto necessita de um leque abrangente do conhecimento científico, tanto da área de humanas, exatas e biológicas, o profissional necessita também estar sempre atualizado para que possa promover, integrar e incorporar avanços e descobertas com técnicas que facilitam o dia a dia das pessoas como também a construção. Assim como o tema da Campanha institucional de 2020 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) – “(…) mais do que nunca, a arquitetura é um compromisso com a vida”.
A DCN descreve com detalhes as inúmeras competências e habilidades que caracterizam a profissão do arquiteto para conceber projetos de Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo e Interiores que totalizam em 71 habilidades que consideram os fatores de custo, durabilidade, manutenção e especificações, bem como regulamentações legais, a compreensão de sistemas estruturais tendo como fundamento os estudos de resistência dos materiais, estabilidade das construções e fundações. Toda essa complexidade são distribuídos em:
• Conhecimentos de Fundamentação: Estética e História das Artes; Estudos Sociais e Econômicos; Estudos Ambientais; Desenho e Meios de Representação e Expressão.
•Conhecimentos Profissionais: que são os campos de saber destinados à caracterização da identidade profissional: Teoria e História; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo; Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construção; Sistemas Estruturais; Conforto Ambiental; Técnicas Retrospectivas; Informática Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; Topografia.
Na atuação de sua profissão, o arquiteto está ainda sujeito às responsabilidades legais, sendo eles:
• Responsabilidade Técnica ou Ético-Profissional; Responsabilidade Civil; Responsabilidade Criminal; Responsabilidade Trabalhista; Responsabilidade Administrativa.
A arquitetura tem a ver principalmente com a saúde da edificação e consequentemente dos usuários, além da viabilização econômica, da segurança e da estética através do projeto, que busca soluções coerentes com as necessidades de seus clientes, usuários e sociedade, o que nos leva diretamente à importantes debates mais urgentes, como a pandemia da COVID-19, que demonstrou às condições extremas como falta de saneamento básico, falta de estrutura adequada e um espaço que não facilita em nada no dia-a-dia da população e acaba até auxiliando num estresse desnecessário.
Essa perspectiva holística dos processos e situações exige um profissional bem preparado, conhecedor e coordenador das interfaces disciplinares, por isso a profissão acaba se tornando um artigo de luxo. A escolha do melhor profissional não deixa de ser a que trará maior retorno ao investidor. Nós da Fysis Arquitetura, compreendemos as questões sociais envolvidas, sabemos que nem todos no Brasil tem acesso a esses recursos, por isso, criamos o Programa Fysis – Arquitetura Popular, para tentar democratizar dentro das nossas possibilidades esse serviço tão necessário à todos de forma sustentável e integrada entre às profissões de Arquitetura, Engenharia, Assistência Social e Biológica.
“O Programa Fysis – Arquitetura Popular oferece uma perspectiva de união entre a diferentes especialidades para que as famílias mais carentes tenham o melhor das possibilidades projetuais dentro de suas condições. Queremos dentro do sonho de cada família oferecer uma evolução projetual para que pessoas em situações críticas possam ter um investimento certeiro conforme seu bolso. Cada indivíduo é por si só uma obra única, e merece ter a sua personalidade e qualidade de vida que a Arquitetura oferece”.
Arquiteta Thalia Sousa
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