Por Lucas Bon Seabra
O uso do bambu nas construções, artesanato e nos moveis é algo milenar, mas foi no final do século passado que começamos a globalizar seu uso. Pesquisadores apontaram as vantagens do uso dessa planta que não só apresenta uma ótima resistência e durabilidade, como também auxilia na preservação do meio ambiente por ser um substituto para a madeira e recentemente foi descoberto que ele pode se tornar equivalente ao aço.
Além dessas vantagens o bambu demonstra que é imbatível em suas qualidades, ele não precisa ser replantado, após o corte ele ira crescer do mesmo caule e seu crescimento é um dos mais rápidos existentes na natureza.
Esse recurso não é tão popular e tem seu preço elevado, mas isso não é devido aos seus custos de produção e sim a escassez de fornecedores. Com a cultura da madeira, concreto e ferro já estabelecidas no mercado os produtores de bambu são minoria e seus recursos não são ainda suficientes pra atender ao mercado consumidor, o que demostra que esse é um bom ramo de investimento, num momento que há uma demanda muito maior do que a produção atual. Os empreendedores que embarcarem nesse novo caminho teriam uma grande gama de clientes além de prover recursos de construção mais sustentáveis que as antigas alternativas.
A melhor espécie de bambu para a construção é a Guadua Angustifolia, que por sinal é abundante em toda América latina. Ele demora, em media, 5 anos para crescer para fora da terra, mas após isso ele atingirá 25 metros de altura em 1 ano, porém o agrônomo Anísio Azzini, ao realizar um experimento com o bambu no instituto de agronomia de são paulo, campinas, constatou que o bambu pode crescer mais de 20 centímetros por dia sem o auxílio de adubação ou tratamentos especiais, isso nos 3 primeiros meses de crescimento, o que equivaleria a mais de 18 metros nesse período. Levando isso em conta podemos analisar que com o cuidado correto essa planta poderia sim gerar muito mais de 25 metros de bambu todos os anos.
Temos a falsa impressão de que o bambu é frágil, mas ele tem uma resistência maior do que a madeira, devido a sua flexibilidade, quando verde, podemos telo em formatos específicos as nossas necessidades, pois quando seca ele mantêm a posição, como ele é oco acaba por ser um isolante acústico, quando compensado ele pode virar blocos para confeccionar utensílios domésticos, moveis, vigas e afins. Ou seja, esse recurso é versátil, sofisticado e sustentavel, a transição para ele pode ser um tanto difícil no começo, mas ela é mais que compensatória que os hábitos atuais.
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