Por Thalia de Sousa Pereira
Acredite, existem muitas barreiras quanto ao projeto sustentável, como é algo inovador e extremamente necessário, poucas pessoas querem saber desse assunto, principalmente quando se trata da concepção e execução de seus projetos, o que na verdade acaba impedindo-as de se beneficiarem com os avanços tecnológicos.
Essa barreira ao novo é um processo natural do ser humano, nosso instinto diz “Isso está dando certo, continue assim”, essa é uma estratégia de sobrevivência, pois se você chegou até onde está fazendo o que faz, então serve, isso não significa que não existam estratégias melhores, mas é através do novo que a humanidade obtém melhores condições de vida. Dá para sobreviver com o conhecimento de 500 anos atrás, mas é bem melhor viver com a tecnologia atual e ao investir no novo, o ganho é ainda maior, um exemplo disto é a evolução das cidades e residências que se modificaram ao longo do tempo em prol do bem-estar individual e coletivo. Com a Arquitetura Sustentável não é diferente.
Felizmente Jerry Yudelson, engenheiro, mestre em engenharia, mestre em administração, escritor, diretor da Yudelson Associates que é uma empresa de consultoria de edificações sustentáveis em Tucson – Arizona, profissional acreditado pelo LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – vem se dedicando pela escrita e sistematização dos processos de edificações sustentáveis, e para auxiliar na compreensão da relevância desse “novo” modo de pensar as construções, citou seus 10 mandamentos para o Projeto Econômico de Edificações Sustentáveis.
1º – Comprometimento: Quanto mais cedo você começar a se comprometer com a sustentabilidade, maior é a economia. Um projeto sustentável exige uma compatibilização de muitas variáveis, além disso, precisa estar integrada aos processos de aprovação de projetos do poder público e aos contratos relacionados.
2º – Liderança: Para minimizar os riscos, o cliente o gerente de projeto assume a liderança ativa e contínua ao longo do projeto, estabelecendo as exigências de desempenho ambiental específicas para o projeto obter maior economia durante a fase de estudos preliminares. O profissional responsável deve saber integrar muito bem as informações utilizando dos desenhos técnicos, da modelagem e do custo do ciclo de vida da obra.
3º – Obrigatoriedade de prestar contas: Para evitar a perda de oportunidades e custos desnecessários é necessário que o profissional determine todas as funções e responsabilidades sequenciando e acompanhando as exigências para todas as metas de desempenho ambiental.
4º – Gestão do processo: Cada meta de desempenho da edificação sustentável exige que várias tarefas sejam identificadas, compreendidas e distribuídas entre a equipe, sequenciadas e integradas apropriadamente, portanto cada etapa desde o projeto, a execução e ocupação precisam ser concluídas a fim de maximizar a inovação e minimizar custos adicionais, sendo assim, o profissional precisa incluir os custos operacionais desde a fase preliminar do projeto.
5º – Projeto Integrado: Um projeto integrado pode gerar inovações e economias significativas, para isso, o cliente e o profissional responsável precisam se comprometer com o projeto integrado. Tal comprometimento deve estar incluído em todos os contratos para que a sistematização da edificação ocorra de forma otimizada.
6º – Modelagem de Energia: A modelagem de energia deve caminhar junto com o processo de projeto, para que alternativas mais úteis atinjam a maior economia possível.
7º – Terceirização dos serviços de testagem e avaliação dos sistemas prediais: São esperadas falhas tanto na instalação quanto no desempenho das novas estratégias e tecnologias de projeto, portanto os processos de projeto precisam incluir medições, monitoramento e estratégias de controle para oferecer suporte às verificações de desempenho durante a execução.
8º – Contratos e Especificações: Todas as exigências do cliente precisam ser integradas de maneira efetiva em contrato, solicitações de proposta, todos os contratos e em todas as documentações de projeto e construção.
9º – Avaliação do custo do ciclo de vida: O comprometimento em avaliar o custo do ciclo de vida da edificação deve partir do cliente antes mesmo do inicio do projeto. É necessário que os orçamentos caminhem junto com todas as fases, incluindo a ocupação.
10º – Melhoria contínua: No caso de empresas que trabalham com mais de um setor de projetos e construções, todas as lições sustentáveis aprendidas a cada experiência devem ser aproveitadas para contribuir com a melhoria contínua de aplicações dos princípios sustentáveis.
Atualmente, o Brasil encontra-se em 4º lugar no Ranking de construções sustentáveis do mundo e até poucos anos atrás, possuía um custo relativamente alto. Felizmente com a popularização dessas edificações e com o desenvolvimento de novas tecnologias, o preço de construção pode reduzir o custo inicial de uma obra convencional em até 30%, além de que ao longo da ocupação dos espaços, geram reduções de até 95% nos custos de água e luz. Nós da Fysis Arquitetura, conhecemos e trabalhamos com esses métodos para garantir segurança, conforto, estética e economia na vida de nossos clientes.
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